Encontram-se por estas terras cabeços de todas as formas e feitios. Este tem uma estranha forma, que se torna interessante por estar ladeada por duas árvores.
Wednesday, 9 May 2007
Pormenores ocasionais I...
Cantinhos: as fragas
(Data originial: 11/Agosto/2004)
No leito da ribeira do Taveiró, encontramos uma área de pedras de todos os tamanhos, desde pequenos cabeços, a enormes pedregulhos maiores que muitas casas! Todos aglomerados ao longo de poucos kms, como se gigantes tivessem por ali passado e as tivessem juntado todas no mesmo sitio!
As Fragas são uma zona muito rochosa, com rochas de granito típico daquela região da beira, que se amontoam no leito da ribeira do Taveiró. Diz quem já percorreu aqueles caminhos em tempos de pobreza e trabalho árduo, que ali se encontram grutas com mais de 40 metros de profundidade. Nunca tive a sorte de as encontrar, mas já estive numa gruta com uma profundidade de uns 10, 15 metros, e com direito a morcegos e tudo... :):)
É um sitio muito giro para fazer caminhadas com algum grau de dificuldade, dado o acidentado do terreno, e para espiritos mais radicais, também se arranjam uns cabeços bons para fazer um bocadinho de rappell. Já experimentei num cabeço com cerca de 10 a 15 metros de altura (mas conseguem-se encontrar alguns mais altos) e foi uma experiência muito gira!!! Talvez por ser a primeira vez, não sei... ;))
Contam-se ainda histórias que dizem terem-se passado na zona das Fragas, algumas sobre animais selvagens (leia-se, lobos, que eram frequentes na região em tempos idos), outras sobre crenças, superstições e há quem diga, episódios reais. A seu tempo, colocaremos aqui algumas...
Recomendo o sitio para passeios longos, sugerindo no entanto serem feitos acompanhados, preferencialmente por pessoas que conheçam a zona, e equipados com bom calçado, próprio para caminhadas, uma garrafita de água fresca, que o calor às vezes aperta, e roupa adequada, tendo em conta que o caminho pode tornar-se denso para os que se aventuram a sair da estrada.
Recomenda-se ainda o regresso antes do anoitecer, visto que é fácil uma pessoa se perder quando não conhece aqueles caminhos, e a rede de telemóveis naquela zona não é das melhores...
No entanto, com as devidas precauções, que não se exige serem muitas, mas as adequadas, desfruta-se um excelente passeio numa região com uma geografia muito curiosa e muitas histórias não menos curiosas.
Cantinhos: a caminho das fragas
(Data original: 11/Agosto/2004)
A caminho das Fragas, encontramos cantinhos muito bonitos, especialmente na Primavera.
Este é um deles... Uma pequena Quinta, situada no topo de uma elevação, cheia de árvores e cabeços, com um acesso em terra batida...
Devo avisar que tem sempre uns cães a ladrar lá ao fundo!!! Mas devem estar presos, porque nunca vieram ter connosco.... (Ainda bem!!! :))
Ao pé desta quinta há um pequeno açude, que é o nome dado por lá a pequenas lagoas formadas por águas das chuvas e que geralmente secam no verão. Pertinho existe também um carvalho ENORME, cuja copa deve ter uns 15 a 20 metros de diâmetro.
É um cantinho muito bonito, um dos meus favoritos. Excelente para parar um bocadinho e descansar a meio de um passeio...
A caminho das Fragas, encontramos cantinhos muito bonitos, especialmente na Primavera.
Este é um deles... Uma pequena Quinta, situada no topo de uma elevação, cheia de árvores e cabeços, com um acesso em terra batida...
Devo avisar que tem sempre uns cães a ladrar lá ao fundo!!! Mas devem estar presos, porque nunca vieram ter connosco.... (Ainda bem!!! :))
Ao pé desta quinta há um pequeno açude, que é o nome dado por lá a pequenas lagoas formadas por águas das chuvas e que geralmente secam no verão. Pertinho existe também um carvalho ENORME, cuja copa deve ter uns 15 a 20 metros de diâmetro.
É um cantinho muito bonito, um dos meus favoritos. Excelente para parar um bocadinho e descansar a meio de um passeio...
Martianas - um pouco de História
(Data original: 11/Agosto/2004)
Umas das três aldeias abrangidas pela freguesia da Orca, as Martianas datam, julga-se, do séc. XIII.
Em cerca de 1245, surgiu a povoação das Zebras, e sensivelmente por essa altura ou antes, Alpedrinha, Catrão, Torre, Mata da Rainha (já atestada em 1214 com a designação de Mata de Porcis), Aldeia de Sta. Margarida, S. Miguel d'Acha, e claro, as Martianas.
A origem do nome Martianas está claramente ligada ao seu primeiro donatário e/ou povoador, Martinh'Annes, que pode ter sido um alcaide de Castelo Novo, e que vem citado num documento de 1290, transcrito no final do Tombo da Comenda de Castelo Novo, de 1505.
Em 1320, a Aldeia de Martim Anes já tinha igreja, com a invocação de Santa Maria e sob a jurisdição da Ordem de Cristo, como consta no citado Catálogo de 1320/21. Na segunda metade desse século, porém, já se encontrava com "mingua de moradores" (conforme refere documento de 1381), consequência talvez da peste negra de 1348 e das guerras fernandinas com Castela.
As Martianas pertenceram em tempos à Covilhã. Mais tarde, apesar de estarem integradas na freguesia da Orca para efeitos religiosos, passaram a pertencer ao termo e concelho de Penamacor, devido a uma deliberação de D. Fernando, dada em Trancoso a 27 de Outubro de 1478, com vista a dotar o pequeno concelho de Penamacor, tão flagelado com frequentes arremetidas castelhanas, de melhores possibilidades de defesa - "para que se milhor podesse povoar e defender dos imigos". (ANTT, Chancelaria de D. Fernando)
Umas das três aldeias abrangidas pela freguesia da Orca, as Martianas datam, julga-se, do séc. XIII.
Em cerca de 1245, surgiu a povoação das Zebras, e sensivelmente por essa altura ou antes, Alpedrinha, Catrão, Torre, Mata da Rainha (já atestada em 1214 com a designação de Mata de Porcis), Aldeia de Sta. Margarida, S. Miguel d'Acha, e claro, as Martianas.
A origem do nome Martianas está claramente ligada ao seu primeiro donatário e/ou povoador, Martinh'Annes, que pode ter sido um alcaide de Castelo Novo, e que vem citado num documento de 1290, transcrito no final do Tombo da Comenda de Castelo Novo, de 1505.
Em 1320, a Aldeia de Martim Anes já tinha igreja, com a invocação de Santa Maria e sob a jurisdição da Ordem de Cristo, como consta no citado Catálogo de 1320/21. Na segunda metade desse século, porém, já se encontrava com "mingua de moradores" (conforme refere documento de 1381), consequência talvez da peste negra de 1348 e das guerras fernandinas com Castela.
As Martianas pertenceram em tempos à Covilhã. Mais tarde, apesar de estarem integradas na freguesia da Orca para efeitos religiosos, passaram a pertencer ao termo e concelho de Penamacor, devido a uma deliberação de D. Fernando, dada em Trancoso a 27 de Outubro de 1478, com vista a dotar o pequeno concelho de Penamacor, tão flagelado com frequentes arremetidas castelhanas, de melhores possibilidades de defesa - "para que se milhor podesse povoar e defender dos imigos". (ANTT, Chancelaria de D. Fernando)
Thursday, 3 May 2007
Edificios: A Escola das Martianas
(Data original: 11/Agosto/2004)
Desde a década de 40 do século passado que as crianças das Martianas puderam passar a assistir às aulas sem terem de se deslocar para outras terras.
A escola funcionou durante muitos anos, mas actualmente, por insuficiência de alunos, encontra-se desactivada, tendo sido cedida à Liga dos Amigos das Martianas, que a exploram como centro de recreio.
Têm actualmente um pequeno bar, uma esplanada nas traseiras, e na antiga sala de aula encontramos algumas mesas e cadeiras, onde nos podemos sentar a ler um dos livros que podemos encontrar nas antigas prateleiras utilizadas por alunos de outras décadas para colocar os seus haveres enquanto brincavam nos recreios.
Infelizmente, por ser explorada por pessoas da terra que têm outras actividades para além da exploração da escola, só podemos usufruir das suas instalações aos fins de semana.... Mas já é bom!
A Associação Recreativa e Cultural dos Amigos das Martianas (ARCAM) têm feito um excelente trabalho de recuperação do edifício, que incluiram pequenos restauros no telhado, arranjos do soalho, pintura interior e exterior do edifício, e decapagem das paredes interiores da antiga sala de aula, que permitiram deixar à vista do visitante a fantástica parede de pedra de granito que tão característica é daquela zona!
A Escola é como que um marco da aldeia, já que fica situada num pequeno planalto, e é dos primeiros edificios a ser visualizado quando se chega à aldeia, principlamente pelo acesso da Orca.
Recomendo ao visitante sentar-se nos degraus à entrada da Escola no final da tarde, quando o sol se põe e o céu se enche de cores unicas. Respire fundo, liberte a mente e encha o peito com aquele ar, enquanto olha para o horizonte recortado pelas laranjeiras de um lado, as oliveiras do outro, e a Serra da Gardunha lá ao fundo. E aproveite o momento....
Desde a década de 40 do século passado que as crianças das Martianas puderam passar a assistir às aulas sem terem de se deslocar para outras terras.
A escola funcionou durante muitos anos, mas actualmente, por insuficiência de alunos, encontra-se desactivada, tendo sido cedida à Liga dos Amigos das Martianas, que a exploram como centro de recreio.
Têm actualmente um pequeno bar, uma esplanada nas traseiras, e na antiga sala de aula encontramos algumas mesas e cadeiras, onde nos podemos sentar a ler um dos livros que podemos encontrar nas antigas prateleiras utilizadas por alunos de outras décadas para colocar os seus haveres enquanto brincavam nos recreios.
Infelizmente, por ser explorada por pessoas da terra que têm outras actividades para além da exploração da escola, só podemos usufruir das suas instalações aos fins de semana.... Mas já é bom!
A Associação Recreativa e Cultural dos Amigos das Martianas (ARCAM) têm feito um excelente trabalho de recuperação do edifício, que incluiram pequenos restauros no telhado, arranjos do soalho, pintura interior e exterior do edifício, e decapagem das paredes interiores da antiga sala de aula, que permitiram deixar à vista do visitante a fantástica parede de pedra de granito que tão característica é daquela zona!
A Escola é como que um marco da aldeia, já que fica situada num pequeno planalto, e é dos primeiros edificios a ser visualizado quando se chega à aldeia, principlamente pelo acesso da Orca.
Recomendo ao visitante sentar-se nos degraus à entrada da Escola no final da tarde, quando o sol se põe e o céu se enche de cores unicas. Respire fundo, liberte a mente e encha o peito com aquele ar, enquanto olha para o horizonte recortado pelas laranjeiras de um lado, as oliveiras do outro, e a Serra da Gardunha lá ao fundo. E aproveite o momento....
Wednesday, 2 May 2007
Onde ficam as Martianas??
(Data original: 10/Agosto/2004)
A aldeia das Martianas fica no coração da Beira Baixa, tal como o coração literal, um bocadinho à esquerda (à direita de quem vê..... :S)
Bem! Mas mais precisamente, as Martianas situam-se por assim dizer a meio caminho entre Castelo Branco e Fundão, a cerca de 40 kms a norte da primeira e a cerca de 23 kms do segundo.O acesso à aldeia é feito a partir do IP2, troço entre, precisamente, Castelo Branco e Fundão. Saindo do nó de acesso à povoação da Lardosa, aqui complica-se mais.... :)) É que daqui para a frente é só pequenas aldeias pelo caminho!... Mas é facil chegar. Basta seguir as placas que dizem Zebras e/ou Orca. Ao chegar então à Orca, deparamo-nos com um entroncamento, onde devemos virar à esquerda. Poucos metros à frente aparece-nos o que julgo ser a primeira placa a indicar Martianas... Para a direita! E pronto!! Basta percorrer esses 4 ou 5 kms, e eis-nos chegados!!
Então, é estacionar onde se quiser, que o espaço abunda, mas sempre com a devida segurança, claro! E percorrer a pé as ruelas de uma aldeia como tantas outras de Portugal, mas que por ter sangue meu por lá, mais bonita se torna!... :)))
Bons passeios!!
A aldeia das Martianas fica no coração da Beira Baixa, tal como o coração literal, um bocadinho à esquerda (à direita de quem vê..... :S)
Bem! Mas mais precisamente, as Martianas situam-se por assim dizer a meio caminho entre Castelo Branco e Fundão, a cerca de 40 kms a norte da primeira e a cerca de 23 kms do segundo.O acesso à aldeia é feito a partir do IP2, troço entre, precisamente, Castelo Branco e Fundão. Saindo do nó de acesso à povoação da Lardosa, aqui complica-se mais.... :)) É que daqui para a frente é só pequenas aldeias pelo caminho!... Mas é facil chegar. Basta seguir as placas que dizem Zebras e/ou Orca. Ao chegar então à Orca, deparamo-nos com um entroncamento, onde devemos virar à esquerda. Poucos metros à frente aparece-nos o que julgo ser a primeira placa a indicar Martianas... Para a direita! E pronto!! Basta percorrer esses 4 ou 5 kms, e eis-nos chegados!!
Então, é estacionar onde se quiser, que o espaço abunda, mas sempre com a devida segurança, claro! E percorrer a pé as ruelas de uma aldeia como tantas outras de Portugal, mas que por ter sangue meu por lá, mais bonita se torna!... :)))
Bons passeios!!
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